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No final de 2003, o jovem programador Paulo Henrique Meireles com seu curso de psicologia interrompido em Curitiba estava trabalhando em São Paulo e teve a ideia de pesquisar na internet sobre o assunto mensagens subliminares e como elas poderiam afetar o subconsciente das pessoas.
Na época, pouco havia na internet em língua portuguesa sobre o assunto e ele acabou tendo que pesquisar em inglês. Em meio às várias páginas retornadas pelo Google, ele acabou conhecendo uma que fazia propaganda de um programa que exibia mensagens subliminares numa tela preta do antigo sistema operacional DOS. O programa exigia que a pessoa ficasse olhando para a tela e vendo uma mensagem piscar de vez em quando com o propósito de sugestionar seu subconsciente.
Logicamente isto lhe pareceu bastante insatisfatório, pois a pessoa teria que abandonar tudo que estivesse fazendo e ficar olhando a tela por muito tempo para ser sugestionada. Acrescente-se a isto que a pessoa estaria consciente o tempo todo de que cada piscada da tela era uma mensagem que ela havia criado para influenciá-la, o que dispararia qualquer resistência consciente à sugestão que a pessoa tivesse em sua mente. O ideal seria criar um programa para Windows que exibisse as mensagens na tela do computador não importa o que a pessoa estivesse fazendo nele. Assim, a pessoa se acostumaria com os flashes a ponto de ficar totalmente esquecida deles estarem ali a influenciá-la o tempo todo.
Na época, fazer um programa que escrevesse um texto com fundo transparente sobre a área das janelas de outros programas em execução simultanea era algo que exigia recursos complexos de programação que raros programadores dominavam. Felizmente, Paulo Henrique tinha estes conhecimentos e conseguiu manobrar para criar o programa fazendo um mix de linguagens de programação. Assim surgiu o SilentIdea 1.0, que permitia aos usuários criarem mensagens de texto na forma de listas que eram salvas em um arquivo externo para começarem a ser exibidas sempre que o SilentIdea entrasse em execução. Começava a história de um software inédito no mercado brasileiro e talvez até mundial que iria despertar o interesse de muitos pelo tema das mensagens subliminares.
A princípio, o programa foi feito para uso próprio, mas assim que colegas tiveram conhecimento do programa, começaram as sugestões para que ele o colocasse a venda em sites de downloads de programas que eram muito comuns naquela época.
Antes de cadastrar o programa no site Superdownloads, o principal site de downloads brasileiro da época, Paulo Henrique resolveu fazer uma experiência controlada com seus colegas de trabalho. Ele criou uma lista de mensagens com afirmações vagas sobre fatos que não haviam acontecido, mas que os usuários desconheciam que não eram verdadeiros. Depois de os amigos de trabalho terem sido bombardeados com aquelas mensagens por muitas horas, ele os submeteu a um questionário em que lhes era pedido para que assinalassem qual de várias alternativas em cada questão continha uma afirmação que lhes parecia familiar. Entre quatro alternativas em que fatos irreais eram listados, um daqueles apresentados nas mensagens era inserido. O que se observou após o teste foi que os fatos exibidos nas mensagens foram os escolhidos em uma elevada porcentagem por todos os testados.
Entusiasmado com estes resultados, Paulo Henrique montou um site para o programa com o domínio www.silentidea.com.br, que existe até hoje. Na época, o programa despertou a curiosidade de vários sites e, até mesmo sem que fosse solicitado o seu cadastramento, outros sites de downloads passaram a incluir o programa entre os seus listados.
A partir daí, o programa passou por novas melhorias com a inclusão da possibilidade de criar listas de imagens e de sons para aqueles que quisessem praticar a auto-hipnose e fragmentar o processo de indução auto-hipnótica em várias frases para serem ouvidas ao longo do processo de relaxamento.
Com o tempo, Paulo Henrique já não tinha mais condições de permanecer no escritório e atender a dúvidas de clientes por telefone e mesmo por e-mail. Por isto decidiu propor uma parceria a alguns colegas de trabalho que também se interessavam pelo programa. Aos poucos, o trabalho o afastou ainda mais do escritório já que tinha que fazer viagens constantes e o programa precisava passar por uma modernização tecnológica, porque já passava a apresentar incompatibilidade com novas versões do Windows. Foi então que decidiu abrir mão do produto para seus parceiros, entre eles, eu, Danilo da Silva, que sou o atual responsável pelo desenvolvimento da versão 4.0.
Na versão 4.0, foram acrescentados outros elementos para aprimoramento de capacidades intelectuais além das sugestões subliminares. Foram incluídos palavras cruzadas em diferentes idiomas para os estudantes de línguas estrangeiras e também um módulo que estimula a leitura dinâmica. Novas formas de criar sugestões permitindo juntar texto, imagens e sons numa só mensagem foram criadas e as listas de mensagens não ficam mais soltas em arquivos separados, mas todas num só arquivo que pode ser copiado pela função de cópia de segurança do programa e levado para outro local onde poderá ser importado.
O SilentIdea 4.0 precisará passar por novos aprimoramentos à medida que as tecnologias forem sendo transformadas e estaremos aqui para fazê-las sempre que necessário. Já temos planos para criar uma versão dele para rodar em equipamentos Macintosh e em dispositivos móveis, mas isto exigirá a recriação completa dele com nova tecnologia adequada a estas plataformas. Chegaremos lá.